Fico aqui pensando nas razões que levam uma pessoa a ser voluntário para trabalhar durante 36 horas seguidas...
domingo, 23 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
smile
E por falar em tirar a ferrugem, o último fim-de-semana foi um bom começo.
Há muitos anos atrás, mais precisamente no final do século passado (!) surgia aqui no Brasil uma novidade importada do Reino Unido. Algumas pessoas se reuniam em lugares abertos, longínquos, perto da natureza, para cultuar uma espécie de som produzido digitalmente e que passou a ser conhecido como música eletrônica. E eu, bem, eu e mais uma meia dúzia de amigos tivemos a oportunidade de freqüentar várias dessas festas, as primeiras que apareceram por aqui, lá pelos idos de 1990...As chamadas Raves se popularizaram e atingiram o mainstream, tornando-se o que vemos hoje em dia. Perdeu-se aquele charme underground e blá blá blá... Isso é outra história.
O saudosismo veio com um convite para Buenos Aires, onde aconteceria a Creamfields, uma das griffes que surgiram com a popularizacão das raves. E depois de alguns anos a gente ainda se lembra como as coisas funcionam; é como andar de bicicleta - nunca se esquece. É claro que, hoje em dia, a evolução (?) vem acompanhada de pequenos prazeres: sala VIP, private Bar & Lounge, muito champagne e Satoshi Tomiie tocando só pra você, além da companhia divertidíssima da turma do Ismael (*), do edredon de plumas de ganso siberiano, da piscina com vista a Puerto Madero, do risoto de lagostins do Marcelo, das medialunas do café da manhã e de algumas comprinhas no duty free.
E o meu fim-de-semana não poderia ter sido melhor.

(*) - Ismael: tradução tupiniquim de Smiley, figura simpática que de tudo ri sem motivo aparente e sem razão. Aliás, uma figura sem qualquer razão at all!
domingo, 16 de novembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
free will
O oceano está cheio de peixes. Alguns vivem na superfície, outros nas profundezas. É interessante como aqueles que habitam a profundidade podem, se assim o quiserem, vir à superfície às vezes, só para saber como é. Não se contentando com seu ambiente, procuram coisas novas, descobertas, sensações diferentes daquelas que estão acostumados. Emergem, se arriscam entre as novidades, conhecem novas espécies. E não tarda para que retornem ao fundo, porque lá é seu lugar, sua morada, seu refúgio e segurança e é de lá que tiram seu sustento. As águas rasas são, para eles, somente mais uma opção para espantar o tédio e divertir-se um pouco.
Já os que vivem lá em cima não conhecem o fundo, não podem fazê-lo porque a pressão excessiva os mataria. Os que tentam não retornam. Então para sua própria segurança não se arriscam, não procuram o novo e têm medo do escuro. Contudo assim são felizes. Andam em cardumes, aproveitando tudo de bom que a luminosidade proporciona, comida farta, temperatura agradável, prazer a todo custo, festa! São peixes hedonistas.
E assim são os homens. Apenas com uma particularidade. Nós, humanos, podemos, a qualquer momento, escolher se queremos ser de superfície ou de profundidade. Temos o poder de determinar qual será nosso habitat e como vamos viver nossas vidas. Chama-se livre arbítrio.
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
a love story
Sou um eclético quando se trata de gêneros musicais. Sempre achei que a música não se resume ao TUNTZ-TUNTZ-TUNTZ habitual que se ouve nas baladas por aí. Há mais ritmos interessantes entre o céu e a terra. Isso é o que me faz apreciar a Bossa Nova, a MPB, o Jazz, o Blues, a música Clássica e, porque não, a Ópera. Não é pedantismo não. Eu gosto mesmo. Ouço em casa, no carro, no iPod quando estou no trabalho. Ajuda a relaxar, a desligar um pouco do cotidiano estressante. E ultimamente o estresse não tem sido pouco, então aproveitei para resgatar alguns CD's empoeirados que estavam no fundo da estante.
Não precisa ser um spécialiste para perceber a complexidade de uma ópera: a melodia, o canto, a dramatização... A beleza desta mistura toca à alma e, quando ouço, costumo fechar os olhos e imaginar um teatro lotado e eu na platéia, lógico. Ontem resolvi compartilhar na rede uma versão de "Tristan und Isolde", de Richard Wagner, presente de um amigo audiófilo e que ele considera a melhor gravação já feita desta peça. A história medieval de um amor impossível foi popularizada pelo filme "Tristão e Isolda", de 2006, uma adaptação muito ordinária da milenar lenda celta que inspirou Shakespeare a escrever "Romeu e Julieta" e Wagner a compor a ópera.
Esta gravação foi realizada em 1966, ao vivo, durante o Festival de Bayreuth, cada ato em uma performance distinta, para que os cantores pudessem 'soltar a voz' ao máximo. Traz Birgit Nilsson no papel de Isolda e Wolfgang Windgassen como Tristão. A regência é de Karl Böhm que conduz a Bayreuth Festival Orchestra.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
it's too late
"Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais..."
Clarice Lispector
E já que este é o assunto da vez, deu no Estado de São Paulo:
Homens sentem mais dificuldade após divórcio, diz psicóloga
Voltar a ser solteiro não é tão simples quanto parece. Retomar velhas amizades - ou fazer novos amigos -, descobrir o local da azaração e se aproximar de uma mulher são as novas dificuldades do recém-solteiro. E, ao contrário do que parece, os homens têm mais dificuldades para se adaptarem ao novo estado civil.
"As mulheres costumam ter mais amigos íntimos e familiares para se abrirem. Os homens tendem a confiar apenas em suas mulheres e, quando se divorciam, se sentem perdidos em não ter com quem conversarem", conta a psicóloga americana Laurie Helgoe.
Esquecer traumas, adaptar-se à nova realidade e saber o que dizer na "hora H" são algumas das dicas da especialista. Com a experiência de personal trainer amorosa, Laurie escreveu o livro "De Volta ao Mercado - reaprendendo a namorar depois da separação" para quem acabou de terminar um longo relacionamento e se vê perdido no mundo dos solteiros.
O terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Junior concorda que são muitas as dificuldades a serem superadas. Ele explica que a mudança no estado civil é uma mudança de identidade social complexa. "Isso depende de tempo e de assimilação por si próprio e pelos outros à volta, que nem sempre facilitam o processo." Para quem pensa em casar logo: a readaptação é mais fácil para quem tem experiência como solteiro.
Laurie Helgoe dá quatro dicas para quem saiu traumatizado de um relacionamento: conversar com amigos sobre a tristeza e, em caso de depressão, consultar um psicanalista; se valorizar e não aumentar o sofrimento; desenvolver a auto-estima - seja relembrando os sucessos amorosos do passado, renovando o guarda roupa, indo à academia; e, por último, se divertir quando for a um encontro.
Laurie conta que a maior dificuldade para quem saiu de um relacionamento é esquecer o passado e se abrir para o novo. "As pessoas tendem a pensar que as coisas vão acontecer da mesma forma que antes. Vale destacar que é muito importante aprender com o passado, ver o que não funcionou no relacionamento e como você pode evitar que ocorra novamente."
Humberto Maia Junior
domingo, 3 de agosto de 2008
some good music
Em 1970 eu tinha apenas dois anos de idade. Em julho deste mesmo ano esteve em Buenos Aires Vinícius de Moraes. Juntamente com Toquinho e Maria Creuza, fizeram uma série de shows na capital argentina, no Café La Fusa. Vinícius e Alfredo Radoszynski, diretor do selo Trova, tiveram a idéia de fazer um LP do show, gravado em estúdio, durante duas noites consecutivas, da meia-noite às oito da manhã onde, segundo o próprio Vinícius, não faltaram os ingredientes essenciais: garrafas de whisky e mulheres bonitas. Chamaram também alguns amigos especiais, para que o ambiente ficasse "más cálido". O resultado deste espetáculo podemos conferir no CD lançado em 1995.
É interessante ouvir as falas e brincadeiras de Vinícius entre uma música e outra, refletindo o clima de amizade e companheirismo que marcaram a gravação. Abaixo está disponível o link para download.
Clique aqui para baixar.
Após este sucesso, Vinícius e Toquinho retornaram à Argentina em 1971, desta vez acompanhados de Maria Bethânia, para mais duas semanas de apresentações no Café La Fusa, agora localizado em Mar Del Plata. E mais uma vez este encontro resultou em um novo LP, gravado no mesmo estúdio em Buenos Aires que o anterior. Vale conferir.
sábado, 2 de agosto de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
the unbearable lightness of reading
Sempre fui avesso à poesia. Sabe quando aqueles chatos bichos-grilos vinham nos botecos da vida perguntar se gostávamos de poesia para que comprássemos aqueles livrinhos de cordel? Detestava. Com o passar do tempo, no entanto, descobri, lendo, que a poesia pode ser muito mais agradável na leitura que a prosa. Quem tem um mínimo de sensibilidade não tem como não gostar disso:
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia."
quarta-feira, 23 de julho de 2008
in the people's mouth
Aproveitando o lance do título da última postagem, tem uma coisa que eu acho engraçada: a tentativa das pessoas de traduzirem expressões tipicamente brasileiras, ou que só existem na língua portuguesa. Parece uma coisa boba mas tem gente que tenta explicar pra um gringo o real significado de "tirar o cavalinho da chuva". E, obviamente, não consegue. Mas frases são formadas nessa tentativa, e são impagáveis. Googleei por aí e reuni algumas:
- Take the little horse out of the rain
- To cry for the spilled milk
- The king of the black coconut-candy
- The conversation is not in the kitchen yet
- To catch someone with the mouth in the adobe bottle
- The walls have ears
- To cry crocodile tears
- To rain in the wet
- To buy a cat instead of a hare
- Slow down the bier because the saint is earthen
- To be in the tongue-tip
- To escape with the tail between the legs
- It's too late and Inês is dead
- Bite me monkeys!
- To kill two rabbits with only one stick
- To put the feet through the hands
- To mix garlic with oak-galls
- Don't do harm to a fly
- Don't have where to drop dead
- Don't have paste in the tongue
- Not eight neither eighty
- Never seen her (him) fatter
- What you say no one can write down
- The dogs bark and the company passes by
- To a good understander half of a word is enough
- To lose the foot-boards
- It's worse the amendment than the sonnet
- To put the cart before the oxen
- To look for a needle in a haystack
- To pull the burning coal to one's sardine
- With no feet nor head
- With no floor nor edge
- Color of a donkey when escapes
- To block the sun with a sieve
- To have an elephant's memory
- To give cloth for the sleeves
- To take the word out of the mouth
- To change six for half a dozen
Quem souber de mais alguma coloque nos comentários.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
the cry for the spilled milk
Desculpem-me pelo título da postagem, acho que forcei um pouco né? Enfim, quem, honestamente, nunca disse ou pior, escreveu coisas de que se arrependeu depois? Nestes tempos globalizados, onde os e-mails são recebidos quase que instantaneamente, não dá tempo de voltar atrás. Quando se percebe, já foi. Não dá pra tentar pegar de volta com o carteiro. E quem recebe, lê na hora, não pensa duas vezes. E é assim que são feitas as cagadas que depois não têm conserto. Já era. O choro pelo leite derramado de nada adianta e o jeito é se conformar em passar por ridículo. Afinal,
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)"
domingo, 20 de julho de 2008
eye contact
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando, sem mais, nem por quê
Tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz!"
terça-feira, 15 de julho de 2008
all I need
Então, daí que chega de Meu Mundo Caiu, né? Vamos pensar em outras coisas?
I LOVE MY JOB! I LOVE MY JOB! I LOVE MY JOB!
segunda-feira, 14 de julho de 2008
all I want
"Se apenas soubesses o quanto te quero
Se sentisses o mesmo que sinto
Verias que não sai de mim
A tua imagem.
Mas pensar em ti é pouco
Pouco para o tanto que te quero
Para o tanto que te desejo
Aqui, agora.
Também pensas em mim – dizes
Não tanto quanto eu em ti - digo
Ter tua amizade é uma dádiva
Ser teu amigo é tortura.
Porque isso é muito pouco
É quase nada do que quero
Muito aquém do que desejo
E do que espero de ti.
Pois que te quero como um todo, completamente
E não em parte.
E se agora partes sem me dar tudo,
Não quero de ti mais nada."
Para ler ouvindo Everytime.
sábado, 12 de julho de 2008
more than poetry
Parafraseando Clarice Lispector, é uma história em tecnicolor para ter algum luxo, por Deus, que eu também preciso. Amém para nós todos.
quinta-feira, 10 de julho de 2008
words of a poet
Ultimamente ando lendo muito. Nada de livros específicos - apesar que recentemente comprei "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector, em áudio-livro - mas trechos destes. E em uma destas procuras me deparei com isto:
Ahora se acostumbren sin mi.
Yo voy a cerrar los ojos
Y solo quiero cinco cosas,
cinco raices preferidas.
Una es el amor sin fin.
Lo segundo es ver el otoño.
No puedo ser sin que las hojas
vuelen y vuelvan a la tierra.
Lo tercero es el grave invierno,
la lluvia que ame, la caricia
del fuego en el frio silvestre.
En cuarto lugar el verano
redondo como una sandia.
La quinta cosa son tus ojos,
Matilde mia, bienamada,
no quiero dormir sin tus ojos,
no quiero ser sin que me mires:
yo cambio la primavera
por que tu me sigas mirando.
Amigos, eso es cuanto quiero.
Es casi nada y casi todo."
É de Pablo Neruda esta poesia. E não a traduzi de propósito. A prosa pode ser traduzida sem que se perca muito do sentido que o autor quis dar à obra, mas a tradução da poesia deve ser evitada para que prevaleça a idéia de quem escreveu e não de quem traduziu.
Nunca fui um romântico ao pé da letra, mas ultimamente estou meio sensível às coisas do amor e essas palavras de Neruda meio que me deixaram tocado, e quase chorei.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
hopefully
Há algo chamado esperança. Que tudo se resolva, que tudo termine, que tudo recomece, ou que nada acabe e que tudo continue como está. E basta querer que ela chega, basta deixar espaço para que venha. Mesmo quando tudo parece vazio e sem graça. E é isso que nos mantém de pé. E então fazemos planos e sonhamos que se concretizem logo para podermos palpar este sonho e tê-lo como realidade. E assim vamos caminhando e sobrevivendo.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
writers' rooms
O The Guardian publicou uma reportagem especial interessante sobre como eram os quartos dos escritores famosos como George Bernard Shaw, Lord Byron, Charles Darwin etc... este aqui é o de Virginia Wolf:
segunda-feira, 30 de junho de 2008
know thyself
sábado, 28 de junho de 2008
downbeats
Quem visita esta página pode ouvir, se quiser, Trip-Hop. Minha mais recente paixão dentro da música eletrônica. Googleando por aí descobri que, basicamente, o Trip-Hop é música eletrônica em slowtempo, marcada batidas desaceleradas e pelo uso de instrumentos convencionais e acústicos. Apesar de ter surgido na Inglaterra, a origem do Trip-Hop, assim como toda a música eletrônica, está ligada ao House, estilo que surgiu no começo da década de 80, quando diversos músicos dos EUA (especificamente de Chicago, Nova York e Detroit) resolveram refazer eletronicamente a música disco dos anos 70, fundindo com R&B, Funk e Soul.
Dentre os vários artistas e grupos que compõe essa vertente temos: Tricky, Portishead, Massive Attack, Morcheeba, Air, Goldfrapp, Lamb, Moloko, Sneaker Pimps, Thievery Corporation e por aí vai... Vale a pena dar uma procurada por aí pois existem diversas páginas que dispõe de links para baixar álbuns inteiros.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
nunc et in hora mortis nostrae
- O livro se inicia com a frase final da oração da Ave Maria: "Nunc et in hora mortis nostrae" (Agora e na hora da nossa morte).
- O nome do romance teve origem no brasão da família Tomasi e é assim referido: "Nós éramos os leopardos, os leões; esses que nos substituíram são os chacais, as hienas; e todos os leopardos, chacais e ovelhas continuarão a acreditar no sal da terra."
- O livro foi primeiramente recusado para publicação, esta só ocorrendo postumamente.
- Em edição de luxo, lançada pela Versátil, o filme chega finalmente ao Brasil em sua versão original italiana de 185 minutos, 20 minutos mais longa que a versão da Fox, que circulava até então. Nela, o clássico retoma suas cores originais mais crepusculares do que as da edição americana, restauradas pelas mãos habilidosas de Giuseppe Rotunno, diretor de fotografia do filme.
- O autor Tomasi di Lampedusa era, ele próprio, um príncipe decadente, assim como Visconti, sabidamente um aristocrata e também comunista.
sábado, 21 de junho de 2008
traffic and the city
Sinceramente, eu adoro morar em São Paulo. O grande aglomerado de 20 milhões de pessoas me excita, me diverte, me dá oportunidades, me mostra coisas novas todos os dias, me faz crescer. Talvez por isso tenho repetido, desde que cheguei aqui, que não conseguiria viver em qualquer outra cidade brasileira. Este sou eu, um ser urbano por excelência. Nem sempre foi assim, óbvio, mas esse lugar é como Coca-Cola, depois que se conhece, não se quer saber de outra coisa. Afinal, por que raios estamos neste mundo se não para conhecer a tal da felicidade? Suponhamos que felicidade=saúde+amor+$$$, a questão é onde conseguir juntar os três fatores que, somados, dariam o resultado da equação? E é aí que entra o lugar que escolhemos para viver. Claro que há os que conseguem obter tudo isso, digamos, no interior do Piauí, mas por uma questão de simples estatística, no meu caso, é mais provável que a felicidade esteja em alguma das 64.385 esquinas da cidade.
Como tudo o que é superlativo, os problemas tampouco são pequenos. E um dos vilões da moda é o trânsito. Quando até os otimistas prevêem um colapso em 5 anos, aí começo a me preocupar. Soluções a longo prazo à parte, os endinheirados já têm a sua:

- 6 milhões de carros, 1.000 novos a cada dia;
- 469 helicópteros, superando Nova York e Tóquio;
- 420 helipontos, 75% do total brasileiro e 50% a mais que em todo o Reino Unido;
- 70 mil vôos de helicóptero ao ano, 7 vezes mais que em Londres;
- 820 pilotos que podem ganhar até US$100.000 ao ano.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
a point of view
O ensaio com meu amigo fotógrafo foi, como eu previa, divertidíssimo. Escolhemos um local bastante interessante. Uma torre com altura equivalente a 40 andares de onde se tem uma visão panorâmica de 360º da cidade de Curitiba. As fotos ficaram lindas, como podemos observar. E não poderia ser diferente. Felipe Fontoura é uma pessoa especial, talentoso, criativo e de uma sensibilidade única. Confiram no seu blog e hão de concordar comigo.
Creio já ter comentado sobre seu projeto, "O Lugar de Cada Um", onde ele escolheu cem pessoas das mais diversas faixas etárias e níveis sócio-culturais para mostrar um lugar que tenha um significado especial para cada um. Mal posso esperar para ver publicado.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
nice neighborhood
E já que estive em Curitiba vou aproveitar pra falar um pouco da cidade. E falar bem! Parece incrível mas notei coisas novas e boas pra se fazer por lá: novos bares, cafés, restaurantes, lojas. O que achei mais legal foi um teatro de 2.400 lugares inaugurado por José Carreras em março. Finalmente o povo tá percebendo que entretenimento e cultura são importantes e que o setor de serviços pode ser bastante lucrativo.

segunda-feira, 16 de junho de 2008
the first cry
Talvez não exista, em toda a Medicina, momento mais emocionante que o nascimento de um novo ser. Se para os pais dar à luz é uma experiência única, para nós, médicos, isso faz parte do cotidiano, do dia-a-dia e, no caso de algumas especialidades, repete-se várias vezes durante as 24 horas. Não significa que esta freqüência de nascimentos torne o parto banal. No meu caso, assisto a vários partos todos os dias e ouso dizer que um nunca é igual ao outro. Existe uma rotina a ser cumprida, é verdade, mas aquele momento principal quando o feto sai do útero, expande os pulmões pela primeira vez e chora, este momento é singular e capaz de emocionar os mais céticos. E é assim nos quatro cantos do mundo...
sexta-feira, 13 de junho de 2008
friends, photos and a birthday party
Depois de alguns anos voltei a Curitiba pra passar o fim de semana, rever os amigos e comemorar meu aniversário. E tenho uma desafio pela frente: encontrar um lugar, qualquer lugar, que tenha sido importante pra mim aqui na cidade. Um amigo fotógrafo está se dedicando a este projeto de fotografar "O Lugar de Cada Um". Confesso que estou apreensivo, não pela sessão de fotos em si, mas pela escolha desse local. É tarefa árdua, talvez porque hajam tantos ou tão poucos. Espero não decepcioná-lo, mas será, no mínimo, divertido.
O mais legal de tudo é que vão fazer uma festinha pra mim na casa de uma amiga, porque quando a gente entra nos 'enta' tem que ter alguma coisa assim, senão, além de triste é deprimente. Acho que vai ser ótimo pois ela mora numa casa afastada e perto de um dos parques mais bonitos da cidade, então dá pra fazer bastante bagunça e barulho. E também porque vou rever todas as pessoas que foram importantes pra mim e que, neste ano, fizeram muita falta. Saudades deles.
Domingo volto pra casa e quero ver se consigo reunir a 'tchurma' paulistana também.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
big little soccer team
É sobre-humano, inexplicável, incompreensível esse sentimento que dá quando o Corinthians perde um jogo. Alguns ficam irritados, exaltados, alterados; outros ficam cabisbaixos, chochos, desanimados. Bem, a grande maioria, como eu, fica em estado de graça, afinal, mais gostoso do que ver o seu time ganhar é ver o Corinthians perder!

O Campeao dos Campeao (eô, eô)
Eternamenteeeeeeeee
Dentro dos nosso coração!!!
Sarve o Curíntia,
Das tradição e grórias mil
Tú es o orgulho
dos esportista do Brasil.
chemistry party
segunda-feira, 9 de junho de 2008
good news
uncomfortable
O tetracampeão em Roland Garros tem hábitos esquisitos. Entra em quadra sempre com o pé direito, sem pisar nas linhas. Do início ao final do jogo, as garrafas de água ou isotônico ficam no mesmo e exato lugar onde deixaram as marcas de umidade. Mas é antes de sacar que Rafael Nadal nos brinda com uma série de atitudes típicas de quem sofre de TOC: cospe no piso e passa o pé em cima, arruma as madeixas atrás das orelhas, bate o saibro do solado com a raquete e, a mais intrigante delas, arruma a cueca que insiste em penetrar no rego. Já virou motivo de chacota entre seus pares, como o sueco Robin Söderling que, durante um jogo em Wimbledon em 2007 o imitou nesse seu gesto mais estranho. Fica uma sugestão ao Nadal: troque de cueca ou simplesmente não use nada por baixo. Deve ser mais confortável e nos livra do dissabor de ver esse tipo de cena antes de cada serviço. Se não adiantar e a coceira no rabo insistir em incomodar, talvez uma pomadinha ajude.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
faces
A Hillary parece que não vai conseguiur nada além de ser vice do Obama. Os americanos acham que a imagem dela está muito ligada ao marido e ex-presidente Bill. Será?

sampler
Ainda batalhando na campanha pelo fim da inclusão digital, deixo aqui mais uma contribuição. Alguém acha que tem condição?
Ingredientes para uma foto de pobre:
1 tubo de Kolene
1 cadeira Marabraz
1 sandália de três estações passadas
Modo de preparo:
Lambuze o cabelo de Kolene para controlar o volume e te deixar com aquele ar de acabei-de-sair-do-motel. Calce as sandálias e sensualmente coloque o pé na cadeira. Se ainda não tiver acabado de pagar as parcelas, tome cuidado com o estofado. Para dar um toque mais profissa, leve a cadeira para o quintal.
*
Mas eu não tenho uma cadeira da Marabraz em casa! Como proceder?
Opa, não se desespere! Qualquer banquinho serve e você ainda pode tentar poses mais ousadas.
*
Ok, gostei da pose mais ousada, mas eu não tenho nem um banquinho em casa! Me ajude!
Calma! É só botar a mão no joelho e quebrar de ladinho.
*
Achei simples demais.

Sem problema. É só chamar uma amiga!
*
Ai, posso chamar duas?

Demorô.
Copiado descaradamente do tdud?
segunda-feira, 2 de junho de 2008
the million dollar gadget

sexta-feira, 30 de maio de 2008
film poster exhibition
Como você desenharia o poster do seu filme favorito? Acontece em Londres, na Cosh Gallery, uma exibição que desafiou mais de quarenta artistas e designers talentosos incluindo Nathan Fox, Kate Gibb, Hellovon, Pure Evil, James Joyco, Michael Gillette e Ian Wright a recriarem novos posters para filmes clássicos como "8 ½", "Janela Indiscreta", "Os Pássaros", "Laranja Mecânica", "O Caçador de Andróides", "Metropolis", "A Insustentável Leveza do Ser", "Planeta dos Macacos", "Scarface" e outros tantos. A proposta não era refazer os posters que fossem feios ou mal-feitos mas reinterpretá-los de forma alternativa. Ao lado está a versão de Fons Schiedon para o filme "8 ½", de Fellini. Você pode conferir mais imagens aqui ou pessoalmente na galeria que fica no Soho londrino, na 69 Berwick Street.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
bond's drink

sábado, 24 de maio de 2008
fame
Aproveitando a polêmica em torno de Ronaldo Fenômeno, o travesti Andrea Albertini se prepara para lançar um filme pornô. Andrea filmou cinco cenas com quatro atores (três homens e uma mulher). O filme, "Ela é Um Fenômeno", está previsto para chegar às locadoras na segunda quinzena de junho. Apesar de aproveitar o momento, a produtora garante que não fará qualquer tipo de alusão ao jogador no filme. Assista o trailer aqui. Trash total!
wrong
Resolvi aderir à campanha do tdud? pelo fim da inclusão digital. Isto tem que acabar! Os motivos? Bem, a foto abaixo fala per se.

pride?
Fim de semana de feriado prolongado em São Paulo e também da maior concentração de gays do mundo. A XII Parada Gay de São Paulo promete receber nada a menos do que 3,5 milhões de pessoas na Avenida Paulista no próximo domingo. Para quem gosta de números, o evento só perde em arrecadação para a Fórmula 1. E vejam que coisa interessante: sobre o perfil dos participantes da Parada, 58% ganham até R$2.000,00 por mês, 21% ganham de R$2.000,00 a R$4.000,00, 16% ganham de R$4.000,00 a R$8.000,00 e apenas 5% ganham acima de R$8.000,00 por mês. Ou seja, a maioria dos que gastam essa dinheirama toda no evento é composta de bichas pobres homossexuais desprovidos de posses que economizam o ano inteiro pra se esbaldar em um único fim de semana. Tá certo! Mais vale um gosto na vida.

quarta-feira, 21 de maio de 2008
sick medicine
Os índices de depressão em quem não tem diploma de Medicina é de 33,4%, apontou pesquisa internacional utilizada como referência pelo CFM. O autor da pesquisa, Genário Barbosa, pede políticas públicas específicas para a saúde dos médicos. "Garantir a saúde do médico é garantir a saúde da população. É importante ser tratado por alguém em perfeitas condições psicológicas", diz Barbosa.
Além da saúde mental, os problemas físicos dos médicos também são alarmantes. Um em cada cinco sofre de doenças cardíacas. A mesma parcela apresenta alterações no sistema circulatório e 21,8% convivem com o mau funcionamento do aparelho digestivo. Os especialistas falam que uma das origens da "medicina doente" é a falta de tempo dos médicos. Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo, 82% dos profissionais atuam em três ou mais empregos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .
terça-feira, 20 de maio de 2008
waterfall
Foi sancionado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o projeto de lei elaborado em 2005 pela vereadora Soninha Francine e pelo deputado federal Paulo Teixeira, que obriga as casas noturnas da cidade a instalarem, em suas dependências, bebedouros em locais de fácil acesso e em número proporcional à lotação da casa, além de reservarem locais e equipamentos necessários para a prestação de primeiros socorros em casos de emergência. Todos sabem que a ingestão de água minimiza o efeito de drogas como o álcool e o ecstasy, proporcionando hidratação adequada e evitando mortes em decorrência de superdosagem. Tudo bem, mas hoje em dia, ninguém mais morre por falta ou excesso de água nas casas noturnas de São Paulo. Apesar de ainda ter bastante gente que usa ecstasy na noitada (pessoalmente eu acho algo muito anos '90), as pessoas estão conscientes dos perigos da droga e se cuidam e, quem paga $50, $70 ou $100 reais para entrar em um clube não fica miguelando $4 ou $6 por uma garrafa d'água. Melhor eficácia teria a tal lei se abrangesse todo o estado e incluísse na obrigatoriedade as organizações das festas a céu aberto, as ditas raves, pois lá sim as pessoas enfiam o pé na jaca e pensam duas vezes antes de gastar dinheiro com bebida, seja ela qual for, talvez porque já gastaram tudo o que tinham com as pastilhas...
- Qual será a maior fila? A da chapelaria, a do bar, a do xixi, a do pó ou a da água?
- Como as pessoas, chapadas, irão distinguir entre um mictório e um bebedouro?
- Como serão tratadas as epidemias de sapinho em decorrência do uso compartilhado das bicas?
segunda-feira, 19 de maio de 2008
dq vodka
Lançada uma nova marca de vodka sueca que promete ser a nova queridinha dos aficcionados pela bebida. Vejam como a descrevem em um dos anúncios:
sábado, 17 de maio de 2008
a poem
sexta-feira, 16 de maio de 2008
photography
Está acontecendo no distrito de DUMBO (Down Under the Manhattan Bridge Overpass), em Nova York, um festival de fotografia pioneiro. E por incrível que possa parecer, a cidade nunca havia recebido um evento como este.O objetivo dos organizadores é documentar o futuro da fotografia contemporânea através de exposições, tendo como curadores grandes nomes, como Martin Parr, Lesley A. Martin da Aperture Foundation, Tim Barber e a editora de imagens do New York Times Magazine, Kathy Ryan.Além das exibições haverá também entrega de prêmios e diversas palestras. A principal ênfase é promover a próxima geração de talentos fotográficos e abrir um forum de discussão sobre o futuro da fotografia entre veteranos, novos talentos, amadores e pessoas em geral.Com rumores de que a influência cultural de Nova York está em vias de superar a econômica, o NYPH é muito bem-vindo à cena.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
the beginning
Não é exatamente minha estréia no mundo dos blogs. Há alguns anos me dedicava à elaboração do meu primeiro blog como forma de expressar sentimentos e descrever situações cotidianas aparentemente sem importância mas que, para mim, mereciam registro. Foi-se o tempo. Cansei. Deletei. Recentemente resolvi retomar a experiência. Vamos ver o que vai dar. Devo dizer que as postagens não terão um rumo definido e serão bilingües, algumas coisas em português, outras em inglês, depends on my mood. Escreverei sobre o que quiser e da maneira que eu achar melhor. Aqui não haverá democracia nem o politicamente correto e, se alguém se sentir ofendido, paciência. Vão reclamar ao bispo.